O cyberbullying é uma forma de violência praticada no ambiente digital, por meio de mensagens ofensivas, humilhações públicas, ameaças e conteúdos que expõem negativamente uma pessoa. Diferente do bullying tradicional, ele ultrapassa os muros da escola e invade o espaço pessoal da vítima — gerando medo, isolamento e sofrimento psicológico contínuo.
Um estudo da UFMG, em parceria com o IBGE, revela que 13,2% dos adolescentes brasileiros entre 13 e 17 anos já foram vítimas de cyberbullying. As principais vítimas são meninas, estudantes de escolas públicas e filhas de mães com baixa escolaridade. Esse dado é alarmante, pois mostra que a violência digital tem recorte de classe, gênero e desigualdade educacional.
As consequências do cyberbullying incluem ansiedade, depressão, queda no desempenho escolar e risco de suicídio. Segundo Ana Paula Siqueira, especialista em bullying e referência em compliance escolar, é urgente que as escolas criem protocolos de prevenção e acolhimento, com canais de denúncia eficazes e formação contínua de seus profissionais.
No Brasil, o Dia Nacional de Combate ao Bullying é celebrado em 7 de abril. É uma data para refletir, agir e proteger nossos jovens — dentro e fora das telas.
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