Por Ana Paula Siqueira, sócia de SLM Advogados e coordenadora do Programa Educacional de Proteção contra Cyberbullying para o Jornal Eletrônico do SIEEESP
Segundo pesquisas feitas pela instituição australiana Pretty Foundation, 34% das meninas de 5 anos de idade pretendem fazer dieta e 38% das participantes do estudo (meninas de 5 anos) estão insatisfeitas com a estética corporal (veja pesquisa aqui).
O dado é compreensível e pode ser explicado com a conduta dos pais e familiares.
O tablet e o celular são as primeiras babás da geração alpha. Por essa razão, crianças ultra conectadas e pais sem nenhuma educação digital expõem os menores a um bombardeio de informações, propagandas e estilos de vida completamente irreais. Desde a tenra idade, as crianças não são educadas pela família, são adestradas pelas redes sociais que fazem da inocência uma grande oportunidade de vendas de produtos e serviços.
Desde sempre se quer emagrecer sem comer de forma saudável, ficar rico só com a força do pensamento positivo e a educação e a disciplina sempre fica em segundo lugar.
A escola pode ser a primeira a notar os sinais de distorção de delineamento corporal. O papel do educador é importante na medida em que pode orientar os pais a estabelecerem horários e limites para o uso da Internet de acordo com a idade e o desenvolvimento da criança. Caso perceba que a situação se agrava, é importante procurar ajuda de um profissional especializado para avaliação específica do uso prejudicial o uso da Internet e o que pode estar por trás deste comportamento autodestrutivo.